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terça-feira, 27 de setembro de 2011
Bloodhound
Bichon Frisé
![]() ![]() Sua disseminação na Europa ocorreu por volta do século XV, quando passou a ser adotado pelas famílias reais. O rei Henrique III, adorador de cães pequenos e peludos, o adotou entre seus preferidos e tamanhos eram os ‘gastos’ com seus pequenos, que chegou a causar polêmica entre os demais membros da corte. Por sua influência, os bichons tornaram-se praticamente obrigatórios nas cortes européias, até Napoleão III, quando começou a decair na preferência da nobreza e, simultaneamente, atrair as atenções das famílias ‘comuns’. Com a primeira Guerra Mundial, a criação foi severamente ameaçada e diante do risco de extinção, o Kennel Club Francês empreendeu grandes esforços no sentido de recuperar a raça, que foi reconhecida oficialmente em 1934 e internacionalmente apenas nos anos 70 (em 72 pela FCI e em 73 pelo AKC). No Brasil a criação dos Bichons tem aumentado nos últimos anos, mas ainda é muito comum que os cães sejam confundidos com os Poodles. ![]() ![]() Por suas qualidades de cão de companhia, o bichon é muito usado como auxiliar em terapias humanas que envolvem a presença de animais. Seu tamanho e aspecto ajudam no relacionamento com os pacientes enfermos, que são estimulados pela sua aparência e docilidade. Apesar do tamanho e aspecto de pelúcia, é um cão que assume perfeitamente um papel ‘esportista’, participando com sucesso de competições de agility, flyball, entre outras. Gosta de ter espaço para correr e brincar. O Bichon tem também um especial talento para travessuras, o que pode surpreender quem adquiriu o cão apenas por sua aparência. Apesar de adaptar-se muito bem a apartamentos, os Bichons precisam gastar sua energia em passeios diários. Mesmo sendo um cão de aparência frágil, aguentam facilmente longas caminhadas ao lado do dono. No livro "A Inteligência dos Cães", de Stanley Coren, o Bichon está na 45ª posição entre as raças pesquisadas. ![]() ![]() Os Bichons devem perceber desde cedo, quais os limites para suas travessuras. São cães que costumam aprender logo o lugar correto para fazer suas necessidades. Se for preciso deixá-los longos períodos sozinhos, os donos devem acostumá-los desde a fase de filhote incentivando-o a não latir em seus períodos de ausência. Mas o principal para o sucesso de uma boa educação será a postura dos donos que não devem deixar-se levar pelo aspecto frágil do filhote, mimando excessivamente o cão. ![]() Há filhotes que nascem com manchas abricó, creme ou cinza nas orelhas e, eventualmente, no corpo, que podem ou não sumir com o tempo, alguns meses ou anos depois. A FCI pede branco puro e o AKC aceita as manchas se não ultrapassarem cerca de 10% do corpo. Quando se for escolher um filhote, deve-se observar a posição da cauda que é portada erguida, curvada sobre o dorso, sem tocá-lo, e nunca enrolada. Outra questão importante ao adquirir um filhote é não se enganar com anúncios que oferecem exemplares "micro". Segundo criadores, adultos com menos de 20cm podem apresentar distorções físicas, como focinho bicudo, olhos saltados e cabeça maior e desproporcional ao corpo e alterações de temperamento ou saúde. ![]() A altura considerada mínima, para a raça manter proporções corretas, é estipulada pelo AKC - American kennel Club, em 24,13cm. A FCI não determina a altura mínima, mas há um consenso de que esta não deve ser inferior a 25cm. Por outro lado, cães com mais de 30cm (altura máxima pelos dois padrões) também não são recomendados. Tendem a desproporções como pernas longas, o que é incorreto, pois o Bichon deve ser mais comprido que alto. ![]() É absolutamente essencial que seja penteado diariamente para evitar a formação de nós. Os banhos podem ser também semanais e, se levados para a tosa em pet shops, é recomendável ressaltar que se trata de um Bichon e não de um Poodle e assim, precisa ser tosado de acordo com o padrão da raça. ![]() A raça permite dois tipos de corte dos pelos, sendo que a mais comum no Brasil e nos EUA, ressalta o aspecto ‘arredondado’ do Bichon é chamada de Powderpuff. ![]() ![]() Pode ainda apresentar manchas avermelhadas ao redor dos olhos e embaixo do focinho, devido à acidez das lágrimas e saliva. |
Bernese Mountain Dog
A origem do Bernese Mountain Dog (conhecido também como Berner Sennenhund ou Bernese Cattle Dog) é bastante polêmica, uma vez que se trata de uma raça bastante antiga. As primeiras teorias davam como certa que a raça descendia do Dogue do Tibet, que teria sido introduzido na região durante a invasão romana há 2 mil anos.






No entanto, muitos historiadores e estudos mais recentes afirmam que não há nenhuma comprovação desta teoria e que a raça seria originária da própria Suíça, onde estes cães são utilizados há séculos pelos fazendeiros como auxiliar na condução de seus rebanhos, na guarda e proteção das propriedades e animais e ainda como animal de tração, sendo responsáveis pelo transporte dos latões de leite entre as fazendas e as queijarias próximas, o que lhe valeu o apelido de cão queijeiro. Ainda hoje muitos clubes americanos e europeus realizam provas em que os Berneses são testados quanto à sua habilidade de puxar as pequenas carroças (sledding).
O Bernese é a mais conhecida das 4 raças de boiadeiros suíços - as outras três são o Swiss Mountain Dog, Appenzel Mountain Dog, e o Entlebucher Sennenhund - e como todas as outras sofreu um forte declínio com a industrialização das atividades que anteriormente exercia, chegando a correr risco de desaparecer se não fosse pela dedicação do professor Albert Heim, criador de Terranovas e que se interessou pelos Berneses no início do século 20.
O primeiro clube da raça surgiu em 1907, e era chamado de Clube Suíço do Cão de Dürrbäch. O principal objetivo do clube foi promover encontros entre os criadores procurando homogeinizar o plantel e assim melhorar a qualidade e resistência dos cães. Na década de 40 a introdução de acasalamentos de Berneses com Terranovas, aumentou o tamanho dos exemplares e suavizou seu temperamento. Este processo culminou com a criação do padrão oficial da raça, publicado pela primeira vez em 1973.


Os Berneses originalmente eram cães de trabalho, encarregados de inúmeras funções na vida cotidiana das fazendas. Eram ainda muito apreciados por suas qualidades como cão de guarda, uma vez que a raça apresenta forte senso de território e um comportamento reservado com estranhos.
Nos dias atuais a grande maioria dos Berneses é utilizada apenas como cão de companhia, função para a qual tem todas as qualidades necessárias, principalmente o fato de serem extremamente apegado aos membros da família, aos quais seguirá por onde quer que precisem ir.
Sua orientação às pessoas é tamanha que são utilizados em seu país natal como cães de salvamento.
Mesmo sendo cães de grande porte, não se acostumam facilmente com a vida de ‘cão de quintal’ e
que também não suportam bem longos períodos de solidão. Precisam de muito contato humano e seu comportamento calmo e tranquilo, aliado ao fato que raramente latem à toa, facilitam sua convivência como membros da família.

Para que possam desenvolver-se bem, tanto física quanto intelectualmente, precisam de espaço para poder exercitarem-se apesar de não serem do tipo que ficam em constante atividade. Para a manutenção de sua boa forma, caminhadas moderadas são altamente recomendadas.
Até por sua utilização inicial como cães de pastoreio, quando aprenderam a não caçar os animais da fazenda, normalmente têm bom relacionamento com outros cães e animais. Por esta característica também não são eficientes como cão de caça e nem mesmo como retrievers.
Com crianças são especialmente pacientes e delicados. Aguentando bem as brincadeiras mais estabanadas.
No ranking de inteligência de Stanley Coren, publicado em seu livro "A Inteligência dos Cães", os berneses aparecem na 22ª posição.


O filhote, assim como o adulto, requer supervisão e interação constante com os donos para que possa realmente conviver no ambiente familiar. Por isso, o dono deve estabelecer desde cedo limites claros para o cão. Por se tratar de um cão extremamente orientado para as pessoas da família, normalmente os melhores resultados de adestramento serão obtidos com a participação de toda a família. A raça é considerada tardia em termos de amadurecimento emocional e por isso o processo de educação pode e deve ser realizado durante um período mais longo.
Como as escovações farão parte de seu cotidiano, o filhote deve ser acostumado ao ritual de limpeza e manutenção desde cedo.

A cor dominante do Bernese é o preto, que deve ser intenso, com as marcações em castanho bem definidas na face, por cima dos olhos, nas patas e no peito. O peito do Bernese necessariamente deve ser branco, e esta mancha deve ser, preferencialmente em forma de cruz. As patas podem ter pelagem branca desde que não ultrapasse o início das pernas.
O pelo do Bernese é fino e comprido e para que seja sempre saudável, escovações são fundamentais, bem como uma alimentação equilibrada e balanceada.

Apesar de seu aspecto robusto e saudável, a raça apresenta predisposição a alguns problemas genéticos, o que aumenta em muito a importância de se adquirir um cão de um criador consciente e que tenha programas sérios de acasalamento e de reprodução.
Os principais problemas da raça são:

- displasia coxo-femural – má formação no encaixa da cabeça do fêmur com a bacia
- câncer – segundo estudos do Bernese Mountain Dog Club of America, cerca de 9,7% dos exemplares americanos desenvolve algum tipo de câncer.
- Atrofia Progressiva da Retina – pode levar o cão à cegueira
domingo, 18 de setembro de 2011
Bearded Collie

A teoria mais aceita é a de que tenha se desenvolvido na Escócia a partir do acasalamento de cães como o Poland Lowland Sheepdog (Polski Owzcarek Nizinny) e o Komondor, além de outros cães de pastoreio locais, selecionados por suas características no exercício da função.
A principal característica que buscavam os pastores, era um cão que fosse resistente e independente, que pudesse trabalhar com as ovelhas tendo que ´tomar suas próprias decisões´.

Embora tenha ganhado alguma popularidade nas exposições no final do século 19, a raça quase foi extinta com o evento da Primeira Guerra Mundial, e foi salva em meados de 1940 pela Senhora Wendy Willinson, que havia encomendado um filhote de Pastor de Shetland e para sua surpresa recebeu um filhote de Bearded Collie. Apesar do engano, acabou encantando-se pelo temperamento, inteligência e instinto de pastoreio do filhote, e decidiu mantê-lo. Graças aos seus esforços, voltou a promover e incentivar o desenvolvimento da raça. Hoje é possível traçar a maioria dos pedigrees até seus dois primeiros beardies, Jeannie e Bailey of Bothkennar. A raça foi reconhecida pelo The Kennel Club em 1959. Nos Estados Unidos, este reconhecimento se deu apenas em 1977 e no Brasil ainda existem poucos exemplares.


Apesar de seu início como cão de pastoreio, os bearded collies foram, paulatinamente, perdendo espaço para outras raças na função, mas seu temperamento alegre e disposição para as atividades fizeram com que ganhasse destaque como cão de companhia ou de exposições.
Por ser um cão muito ágil e resistente, atua com muito sucesso em competições de obediência e agility.
São cães que demandam exercícios para que possam se desenvolver bem e não adquirir hábitos destrutivos. 30 minutos de exercícios diários são o suficiente para os Beardies. Como foram desenvolvidos para que pudessem atuar praticamente sozinhos com as ovelhas e o gado, tendem a ser cães mais independentes e menos afeitos à obediência. Por isso mesmo, qualquer treinamento nunca deve ser repetitivo, pois se entediam facilmente. Na classificação do estudioso Stanley Coren, publicada no livro ‘A Inteligência dos Cães’, ocupam a 34ª posição entre 135 raças pesquisadas.
São cães dóceis e confiáveis, e não devem demonstrar traços de timidez exagerada ou agressividade e, ao contrário de outros cães originalmente de pastoreio, não são cães que devam ser utilizados para guarda, já que não possuem instinto territorial muito intenso. Podem ser utilizados como cão de alarme.
Por seu passado de pastor, costuma dedicar-se igualmente a todos os membros da família, sem eleger único dono. Cuida de todos, e gosta de ver sua família reunida, como um rebanho.
Com crianças, é extremamente paciente e especialmente brincalhão. todo cuidado é pouco, uma vez que sendo um cão muito delicado e frágil, pode se machucar facilmente em uma brincadeira mais estabanada. Como praticamente todas as raças de pastoreio, costumam se dar bem com outros cães e mesmo com outros animais que certamente vão ser pastoreados pelos Beardies.


São bastante curiosos e seu olhar e comportamento demonstra isto claramente. Estão sempre dispostos a conferir tudo de novo que passa em seu caminho.
Os filhotes nascem com uma coloração intensa, mas mesmo os criadores experientes não prevêem qual a tonalidade definitiva dos cães quando filhotes. Somente após os quatro meses, a tonalidade começa a variar e é normal que a pelagem clareie, em muitos casos chegando a ficar totalmente branco, voltando a escurecer a partir do segundo ano.
Por sua característica de independência, os filhotes devem aprender rapidamente que devem obedecer e precisam ser estimulados à obediência desde cedo, caso contrário podem desenvolver um traço forte de personalidade dominante e o convívio pode ser bastante difícil.


A raça pode apresentar-se nas cores preta, azul, marrom e areia, com ou sem marcas brancas e com diversas tonalidades, variando por exemplo, na cor preta, do preto intenso ao cinza ardósia.
Durante sua vida a tonalidade irá variar, porém a partir de três anos esta variação passa a ser mínima e já se sabe a tonalidade definitiva. A variação ocorre dentro de uma mesma ninhada, entre irmãos e podem também nascer todos de uma única cor, ou mesmo as quatro cores na mesma ninhada. A regra aqui é ditada por um fator genético bem complexo, baseado nos pais e nos fatores que os mesmos carregam.
O pelo abundante dos Beardies, precisa de cuidados para que se mostrem limpos e sem nós. Deve-se acostumar o filhote desde cedo com a rotina de escovações. O ritual de escovação deve ser repetido pelo menos 1 vez por semana, quando os cães estão na fase adulta. Entre 9 e 18 meses, quando trocam o pelo de filhote pelo de adulto, precisam de escovação a cada 3 dias, para remoção dos pelos que estão se soltando. Deve-se evitar os banhos excessivos que podem danificar o pelo do cão.

Os Beadies são cães muito rústicos, com poucos problemas congênitos específicos da raça. Como não se trata de uma raça muito popular, os criadores em todo mundo são bastante conscienciosos para a realização de acasalamentos, procurando excluir do plantel exemplares problemáticos.
- A raça é sujeita a Alergias, que ocorrem por herança genética. As manifestações alérgicas podem ter diversas causas, desde picadas de insetos a remédios. As conseqüências vão de coceiras a reações violentas, às vezes fatais.
- Displasia coxo-femural
Beauceron
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