domingo, 9 de outubro de 2011

Bull Terrier


Nugget Imperator.jpg (13195 bytes)O Bull Terrier é uma das mais antigas raças de Terriers de que se tem notícia, tendo seu nome registro por estudiosos já em 1822. Era conhecido com ‘cão gladiador’ por seu uso no questionável esporte de combates entre cães. Felizmente, em 1835 o parlamento inglês proibiu as lutas entre cães, mas, ao contrário do que se imaginava, os Bull Terriers não desapareceram. O primeiro registro oficial da raça data de 1860, quando o primeiro exemplar de Bull Terrier foi levado a uma exposição.
A partir daí a raça foi se popularizando e deixando de lado seu passado nas rinhas, era utilizado como um excelente cão de guarda, função na qual poderia aproveitar melhor seus dotes físicos: força e grande agilidade.
Em 1920, o padrão da raça foi alterado, permitindo Bulls com pelagem colorida. Nos Estados Unidos, até hoje, os exemplares brancos são julgados em separado dos exemplares coloridos.
Outra mudança importante no padrão da raça aconteceu em 1941, quando o The Kennel Club inglês estabeleceu limites mínimos para a raça e os exemplares abaixo desse mínimo seriam registrados como raça independente: Bull Terrier Miniatura.
Se o Bull Terrier experimentou grande crescimento de sua popularidade internacional no período da 2a Guerra, aqui no Brasil essa ascensão é bem mais recente, mas promete ser explosiva. Só para termos uma idéia, em 1995, segundo dados da revista Cães e Cia, eram registrados 156 filhotes por ano e em 1999, de acordo com a CBKC, foram registrados 594 filhotes.


kiki2.jpg (13192 bytes)O Bull Terrier é um cão com uma enorme energia e vitalidade, para quem sempre é hora de uma brincadeira. Muito ligado ao seu dono e à família, é um cão que gosta de acompanhar qualquer que seja a atividade.
É essa ligação profunda entre os Bulls e seus donos que faz deles excelentes cães de guarda, mas ao mesmo tempo, possessivos de seu território, o que pode trazer alguns problemas de convívio com outros cães e animais. Normalmente, o convívio só é possível se o filhote for acostumado desde cedo com a interação com outros animais.
mallory1.jpg (24397 bytes)Como todo Terrier, os Bulls podem ser bastante teimosos e até mesmo desobedientes, por isso, é extremamente recomendável que o filhote receba aulas de obediência tão cedo quanto possível e, mais do que isso, que as aulas sejam extremamente interessantes, caso contrário, ele facilmente perderá o interesse nelas.
Na escala de obediência elaborada por Stanley Coren e publicada em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Bull Terrier aparece em 66ª posição entre as raças pesquisadas.
São cães bastante ativos e sua constituição física permite que sejam excelentes atletas e companheiros em longas caminhadas e corridas.
Podem ser excelentes companhias para crianças, mas deve-se tomar um certo cuidado porque apesar de serem extremamente tolerantes, são cães pesados e podem machucar sem querer durante uma brincadeira mais forte.
Com pessoas desconhecidas, o Bull não costuma ser hostil, mas também não será amistoso no primeiro encontro. 

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Assim como os cães adultos, os filhotes são também um poço de energia e atividade e precisam de uma boa supervisão porque como parecem estar sempre procurando ‘alguma coisa’ para fazer, se forem deixados sozinhos por longos períodos podem ser bastante destrutivos.
De maneira geral, não são cães que se possa deixar sozinhos num apartamento ou abandonados num jardim da casa.
Caso o futuro dono more em apartamento mas tenha muito tempo para dedicar-se às atividades esportivas de seu cão, o Bull Terrier pode ser uma boa opção, porque além de seu porte ‘pequeno’ é um cão que late pouco e cujo pelo curto demanda pouca manutenção.

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Um dos principais problemas da raça é a surdez, de um ou ambos ouvidos. Durante muito tempo este problemas foi atribuído à coloração branca, e até em função disso, foram permitidos os exemplares coloridos.

Bullmastiff


O Bullmatiff foi desenvolvido na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XIX pelos fazendeiros e moradores das áreas rurais para conter as investidas dos caçadores e ladrões que entravam nas propriedades. Os cães que existiam na época, no entanto, não eram considerados eficientes neste tipo de tarefa e assim, iniciaram-se os testes para tentar desenvolver uma raça de cães que fossem ao mesmo tempo valentes e silenciosos, estruturalmente fortes e resistentes. Outro pré-requisito para os fazendeiros era que o cão tivesse um temperamento forte e equilibrado, para que pudesse exercer suas funções de guarda independente.
Diversos acasalamentos foram tentados, mas apenas os filhotes nascidos dos acasalamentos entre o Mastiff Inglês e o antigo Bulldogue tinham as qualidades que se esperava.
A combinação entre as raças gerou um cão forte e bastante destemido, menor do que o Mastiff Inglês, mas igualmente robusto, e graças ao sangue do Bulldogue, mais ágil do que o Mastiff.
Apesar da antiguidade dos esforços para o desenvolvimento da raça, foi apenas em 1924 que o The Kennel Club reconheceu o Bullmastiff como raça independente. Após o reconhecimento, a exportação de Bullmastiffs era bastante controlada pelos ingleses e durante algum tempo, apenas cães estéreis eram passíveis de exportação. Com a consolidação da raça e a partir da segunda guerra mundial, os ingleses passaram a permitir a exportação de seus cães para outros países. Nos Estados Unidos, o American Kennel Club reconheceu a raça oficialmente em 1931.
No Brasil, a criação de Bullmastiffs é bastante recente. Há registros de cães da raça - esterelizados - em 1940, mas foi a partir da década de 80 que tem impulso a criação organizada e oficial de Bullmastiffes no Brasil.

Eva Peron of Hillsborough
A principal característica do Bullmastiff é seu temperamento equilibrado e dócil. Alguns registros descrevem até o Bullmastiff como um ´cão de colo aprisionado num corpo enorme´, mas isso não desmerece sua aptidão natural para a função para a qual foi desenvolvido, ou seja, para ser um guarda noturno eficiente e silencioso, que não costuma latir à toa e na função de guarda o silêncio de sua aproximação é sua principal arma para conter um invasor.
Apesar de ser um cão grande, que chega a pesar 60 quilos na idade adulta, não é um cão que esteja em atividade constante e que possa ser deixado apenas no quintal. Normalmente passeios e caminhadas de 1 hora duas vezes por dia são suficientes para que ele mantenha-se em forma.
Para manter seu temperamento equilibrado, o Bullmastiff requer a companhia da família e não costuma suportar bem longos períodos de solidão.
Foto do site do Canil HillsboroughNa escala de obediência elaborada por Stanley Coren e publicada em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Bullmastiff aparece em 69ª posição entre as raças pesquisadas.
Podem ser excelentes companhias para crianças, uma vez que são muito resistentes e aguentam bastante bem mesmo as brincadeiras mais abrutalhadas das crianças. Apesar disso, deve-se tomar muito cuidado porque apesar de serem extremamente tolerantes, são cães pesados e podem machucar sem querer durante uma brincadeira mais forte.
Por ser um cão de território, a convivência com outros animais deve ser iniciada desde muito cedo, e entre cães do mesmo sexo deve ser promovida com extremo cuidado, especialmente entre os machos.


Apesar de na idade adulta terem atividade moderada, quando filhotes são extremamente ativos, curiosos e destruidores. São considerados cães de amadurecimento tardio e por isso a educação através do adestramento básico é fundamental para que o dono consiga uma convivência mais tranqüila com os cães.
O adestramento de obediência é praticamente fundamental especialmente se se considerar que será um cão que pesará 60 quilos quando adulto.
Para que se desenvolvam adequadamente, deve-se tomar especial cuidado com os exercícios em excesso ou em intensidade inadequada, que podem prejudicar o desenvolvimento das articulações.


Apesar de ser um cão resistente e bastante forte, o Bullmastiff está sujeito a alguns problemas de saúde:

Bulldogue Inglês

A origem do Bulldogue Inglês é bastante remota e seu nome deriva do fato de que, até meados do século XVIII a raça era usada nos combates com touros (bull baitings). Naquele tempo, os Bulldogues eram um tanto diferentes do padrão atual, mais parecidos com o boxer (mais altos, musculosos e ágeis, com membros mais retos e longos). Sua característica mais marcante, a mandíbula, tornou-se mais desenvolvida que a arcada superior para que pudesse morder, de baixo para cima, as narinas e o pescoço do touro, de forma que este não se soltasse.
Com o passar do tempo, e com a proibição dos combates, o bulldogue foi se transformando até chegar ao cão como conhecemos hoje e que, segundo alguns, só continua existindo com a ajuda do homem, uma vez que suas próprias características físicas prejudicam sua reprodução sem interferência.
Dona Flor Rocso.jpg (14747 bytes)Seu focinho curto e nariz voltado para o alto, que eram extremamente úteis durante o combate, na verdade dificultam o resfriamento do ar e pode levar o animal a "morrer de calor", além de restringir seus esforços físicos porque se cansa com facilidade até mesmo para acasalar-se.
As pernas dianteiras curtas e espaçadas e a frente bem mais larga que a traseira, que durante a luta eram fundamentais para driblar os adversários são as mesmas que impedem, quase em 100% dos casos, nascimentos por parto natural, uma vez que os ossos das cadelas não se dilatam a ponto de propiciar a passagem da cabeça dos filhotes. Segundo pesquisa do The Bulldog Club of America, divulgada pela revista Cães e Cia, 94% dos partos são induzidos por cesariana.

Mas, para a sorte de todos, o Bulldogue tem uma verdadeira legião de admiradores que procuram enfrentar todas essas dificuldades apenas para tê-lo como animal de companhia, sua nova função no mundo moderno. Jô Soares que o diga... E, se não pode ser considerado exatamente "bonito", talvez seja um dos cães mais usados em comerciais e desenhos animados, onde sempre aparece na função de cão bravo.


Se em sua origem o Bulldogue era considerado "um cão feroz" e usado em combates, hoje isso não passa de lenda. Mesmo com sua expressão bravia, o Buldogue é um excelente cão de companhia, muito dócil e afetuoso.
Apesar do porte físico sólido e pesado, o Bulldogue pode ser um companheiro brincalhão e cheio de energia. É um cão "de boa paz", que se relaciona muito bem com crianças desde que estas respeitem seus limites para a brincadeira e até mesmo com outros cães desde que não haja "brutalidade" na convivência. É um cão muito silencioso, que late pouco e demanda poucos cuidados com seu pelo curto.
Por essas características, é um dos cães mais populares nos EUA e na Inglaterra, onde é a raça mais numerosa entre as registradas nos clubes cinófilos.


Um bom filhote deve ser ativo, com cabeça grande, bem enrugada, dentes inferiores sobrepostos aos superiores.
Até os 50 dias o nariz pode ser avermelhado, mas com sinais de escurecimento.


A raça tem certa tendência a desenvolver assaduras, dermatites e sarna demodécica.
Precisa de atenção quanto a limpeza das dobras do focinho e pescoço, que deve ser feita com água e sabão neutro.